06 março 2011

UNIBALL x SAKURA x INOXCROM x SLIM


Canetas descartáveis são mesmo muito práticas, mas se tem algo que me deixa MUITO CONSTRANGIDO, é justamente, desprezá-las no mesmo planeta em que vivo, após tão pouco tempo de uso. E de convívio.
 
Com minha consciencia "formatada" ainda nos estertôres da Grande Era dos Artefatos Duráveis, antes das Obsolescências Programadas contaminarem tal e qual um vírus letal, o fetiche das mercadorias efêmeras (que por causa da ganância aniquilará a nossa reles espécie em um futuro não muuuito distante), decidi preservar VÁRIAS dessas Gel Ink Pens baratas, que de baratas, elas não tem é nada...
 
Entendendo-as como FERRAMENTAS, a minha idéia foi a de tentar encher os "tanques" internos dessas belezinhas de plastico, com cargas de nankin novinho em folha, prolongando sua existencia por mais alguns anos e, assim, atrasando a sua fatal chegada ao Aterro Sanitário.
Por que eu duvido que consigam reciclar uns 5% da sofisticada matéria prima, existentes no fabrico de cada uma delas.

Eis meu COMPARATIVO GERAL, do qual, aliás, me deixou BASTANTE surpreso:

 
CANETA SAKURA MICRON 005 
MINHA NOTA GERAL.... 1
Essas Sakuras são alucinantes! Tendo um nano filamento poroso, saindo de dentro de sua micro ponta de aço, essas canetinhas tem uma espécie de "modess cilíndrico" interno, feito de fibra artificial, encharcada com pigmento de um tom preto primoroso, substituindo aqueles "mosquitinhos" de aço "Old School Style".
Mas ela é muito frágil justamente nesse filamento, sendo destruída durante o seu uso normal, em muito pouco e inaceitável tempo.
Não deu nem prá investigar direito por dentro e, que tristeza! Constatar que o "tubete modess", está LOTADO com um pigmento "Acid Free", dos bons, ainda... :(

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CANETA SLIM A3 0.5
MINHA NOTA GERAL.... 2 
Nem sei de onde essa canetinha veio! Chinesa, ela é meio que estranha, vem impresso um "MATERIALS FROM GERMANY/SWISS" (quais dos "materials"?) e durou O2 decentes anos de usos esporádicos em ilustras e anotações curtas no Moleskine.
Como a esmagadora maioria dessas canetinhas, ela foi moldada para impedir que algum usuário reaproveite a sua estrutura, pois ao romper da cauda (cortei no estilete, com dificuldade...), o ar "contamina" a pressão negativa interna da campânula e, uma vez recarregada com a ajuda de uma seringa hipodérmica, ela vaza imediatamente na outra ponta da pena, feito uma torneira pingando.
Talvez, lacrando-se o fundo com a ajuda de uma cola PVA (ou cola Cianoacrilato, de cura rápida), isto restabeleça o vácuo interno original e (talvez...) a tinta só irá fluir durante o seu uso...
Mas pela bagunça e pela lameira feita, decidi também descartá-la, meio que cabreiro... K(

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CANETA UNIBALL EYE MICRO 0.3
MINHA NOTA GERAL.... 3

Japonesas, essas canetas são bastante populares e apresentam um dos melhores designs ergonômicos, entre todas as descartáveis plásticas com pontas de aço que eu utilizo.
A ponteira cromada é das boas, bastante precisa, o pigmento flui bem e, assim como a caneta SLIM descrita acima, possui aletas circulares após a ampôla de carga -creio que para distribuir a tinta- quebrando a tensão superficial. Voce acessa essa ampôla inerna, retirando a ponteira de acabamento traseiro, com o auxílio de um Alicate de dimensões pequenas.
Igualmente lacrada, voce tem que romper o fundo côncavo com um estilete (ou até mesmo com a própria agulha da hipodérmica) para injetar o nankin novo com a seringa e, mais uma vez... ELA VAZA.
E vaza miseravelmente, feito um ferimento sangrando...
Lá vai uma EXCELENTE caneta técnica descartável, mais uma que nos impede a reciclagem  e o reuso, indo foder o planeta para todo o sempre, em algum lixão brasileiro.

E pensarmos que elas seriam a "EVOLUÇÃO" das Canetas Técnicas Rotrings, Desegraphs, Mars Matics, Stedlers... 

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CANETA INOXCROM METALS 0.7
MINHA NOTA GERAL.... 5
Beeeeem na dela, essas canetinhas de tintas metálicas (douradas e prateadas, meio "over", destinadas à cadernos de moçinhas lesadas, com aquelas iluminuras de Rélouquites Pink) vem com um tubete transparente, do tipo da BIC, com uma pequena carga de "K-Y Gel" no fundo (rá!) para preservar a fluidez do pigmento.
A DESGRAÇA: Não as tenho encontrado nos empórios artísticos (recomendo a Cia. do Papel) e nem sempre as tintas metalizadas tem alguma utilidade... Na minha canetinha, o pigmento endureceu e creio que parou de fluir pelo seu simples desuso.
A VANTAGEM: Seu desmonte! Ela tem o melhor sistema de todas, exatamente como as "antigas" canetas técnicas. Basta destarrachar a ponta, desconectando-a do tubinho de carga, enxaguando com Álcool 70°, daí, deixar água corrente diluir o restante, enxugando, depois, com papel absorvente.
Isso esvazia o tubinho para voce abastecê-lo com nankin Mont Blanc preto (ou qualquer outro nankin mais á mão, mas, qualidade, conta), sempre com a ajuda de uma seringa hipodérmica.
Recomendo a da marca B-D com de 5ml de capacidade, separada especialmente para esta finalidade, lembrando de enxaguá-la em água corrente, antes e depois do uso, evitando entupimentos da agulha de açõ e o enrosco do êmbolo, na próxima utilização.

Nos testes feitos imediatamente ao remontá-la, a caneta reenchida apresentou ZERO de vazamento e, após algumas escritas, a tinta metálica prateada remanescente é rapidamente consumida e o nankim novinho, recém carregado, já começa à fluir, que é uma belezinha...
Em minha opinião de voraz usuário, ela produz grafias tão precisas, quanto qualquer Ink Pen Gel, zero Km.
Por precaução, vou deixá-la na horizontal quando em descanso, para fazer alguns testes de capilaridade, mas creio que mesmo vazando por trás, o corpo da caneta serviria de containner. Vamos investigar de perto.
PRONTO! 
Creio que agora a usarei como ferramenta de rotina, me fazendo companhia ainda por longos 2, quem sabe 3 anos, de bônus tracking!

Então, já sabe:


INOXCROM, para suas próxima compras de canetinhas descartáveis, ó, grandioso estúpido e contumaz ignaro poluidor difuso deste Planeta Terra!

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